A imagem do dragão que toma de assalto a economia mundial e, quem sabe, vai levar a maioria das medalhas dos Jogos Olímpicos de Pequim, também faz sombra no mundo do vinho. O país, que já é um grande consumidor de vinhos finos, deve se tornar, em 10 anos, no principal mercado de tintos, brancos e espumantes (principalmente champanhe). Segundo um estudo da International Wine and Spirit Record, de Londres, em 2011 o mercado de consumo deve chegar ao dobro daquele registrado em 2007, com mais de 1 bilhão de garrafas. Cifras chinesas, grandiosas, como tudo naquele país.
Grande na hora de ir às compras, a China também é gigante em volume produzido. Segundo dados de 2006 da IOVW (International Organization of Vine and Wine), o país ocupa a sétima posição na lista dos maiores produtores do planeta, colado na Austrália e na Argentina. Para a empresa britânica de mercado de vinhos Berry Bros & Rudd (BBR) a liderança é uma questão de tempo. O posto de número 1 em produção (atualmente disputado entre Itália e França) deve ser alcançado em 2058.
Em 2000, grandes empresas internacionais entraram no mercado chinês, em sistema de joint-venture, entre elas o grupo francês Castel, a Argentina Norton e as espanholas Torres e Cordoníu. Mais de 100 vinícolas foram abertas desde 1996, entre elas a Great Wall Winery, que produz cerca de 50.000 toneladas de vinho por ano no norte da China. O Great Wall foi escolhido o rótulo oficial desta Olimpíada.
A qualidade? Nosso correspondente em Pequim, Carlos Maranhão, deu sua opinião no blog Diário Olímpico.: “A bebida não é exatamente ruim e, em páreo com a maioria dos produtos gaúchos à venda nos supermercados brasileiros, até que não daria vexame”. Detalhe: o Great Wall (Grande Muralha) custa inacreditáveis 86 euros no hotel. Alguns especialistas, como o master of wine Jasper Morris, apostam no futuro: “Eu tenho certeza que a China se tornará em um grande produtor de vinhos finos, e no futuro vai rivalizar com os melhores vinhos da França”, declarou à revista inglesa Decanter, em maio deste ano.
95% do vinho produzido na China ainda são consumidos no mercado interno – e pelo que parece não é algo a se lamentar. O tal Great Wall, no entanto, já é exportado para mais de vinte países, incluindo França, Inglaterra, Alemanha e Japão. Não demora muito estará nas prateleiras brasileiras e, desavisado, um dia você vai se ver bebendo vinho chinês numa festa de casamento…
Vinho comun OK! Mais vinhos de qualidade de cepas selecinadas,malbec,carmenere,merlo,shirac,bonarda.pinot noir etc.Tenho mias duvidas!!!!!!!!!
Provavelmente sim, e… provavelmente vinho de baixa qualidade como quase tudo que vem da china…trabalho escravo e produtos de baixissima qualidade…a entrada destes caras no mercado só vai fazer uma coisa: aumentar o preço do que realmente presta, como acontece com os eletrodomésticos e roupas por exemplo…