Após um década de sigilo, a Maison Krug – uma das mais emblemáticas casas da região de Champagne – desarolhou a mais cara champanhe já lançada no mercado. Trata-se da 1995 Krug Clos d’Ambonnay. Foram produzidas somente 3.000 garrafas desta série, que devem custar entre 3.000 e 7.000 dólares.
A 1995 Krug Clos d’Ambonnay tem origem pra lá de delimitada. Somente meio hectare de um único e exclusivo vinhedo da vila que dá o nome ao vinho, Ambonnay, onde foram cuidadosamente cultivados os cachos de pinot noir, a única uva que entra na composição desta jóia engarrafada.
Não, não tive o privilégio de provar. Já uma repórter da revista Time, Lydia Itoi, sim – os jornalistas sempre arrumam um boquinha. Lydia, apesar do preço, achou que cada gole vale cada centavo cobrado. Seu relato:
“A colheita do vinho se deu em 1995 e a primeira fermentação foi realizada lentamente em pequenas barricas de carvalho, no lugar dos tradicionais tanques de aço inoxidável. Isso deu uma tremenda intensidade, caráter e notas tostadas de brioche, além de mostrar uma fruta muito fresca e jovem. É simplesmente surpreendente.”
Alguém se habilita?
Já comentei no NYT a respeito: esse novo espumante da Maison Krug deve ser maravilhoso, mas o preço é simplesmente ridículo, totalmente inflacionado para valorizar o produto pela sua exclusividade, não pela sua excepcionalidade. Afinal, será que há alguma justificativa PLAUSÍVEL para esse champagne custar muito mais que o Clos du Mesnil, da própria Krug, ou que o Clos de Goisses e o Vieilles Vignes Françaises, que também são blancs de noir exclusivíssimos? Eu creio que não.
Pra quem aprecia vinho…
Adorei o texto irritando a Fernanda Young. “Finésimo” – irônico, mas muito leve, bem humorado…. Clássico!
ha,ha,ha,ha…
Se ninguém bebesse porcaria, esses produtos maravilhosos chegariam a nós, a preços muito menores. Pensem nisso.