O vinho, assim como a crase, não foi criado para humilhar ninguém. Mas muita gente sofre um pouco na hora de escolher qual garrafa vai levar para casa. “Eu não entendo de vinho” é frase mais comum de se ouvir. Como se fosse preciso algum conhecimento prévio para agradar o próprio paladar. O medo do consumidor diante da prateleira, ou da carta de vinho de um restaurante, lembra o temor do goleiro durante o pênalti.
Compreensível. São mais de 20.000 rótulos espalhados pelos pontos de venda e cartas às vezes extensas ou mal elaboradas. Ou seja, o sujeito tem pavor de levar uma bola entre as pernas.E jogar dinheiro fora. Para evitar este desconforto, um conjunto de dez dicas vai ajudá-lo na hora de escolher e comprar sua garrafa.
5 dicas para se dar bem
1. No restaurante. Confie no sommelier: ele é seu aliado. Em geral ele elaborou a carta e/ou tem conhecimento sobre a melhor combinação com a comida da casa. Seja claro sobre quanto quer gastar (lembre-se que os preços ali são mais altos mesmo) e o tipo de vinho que mais lhe agrada. Não se acanhe de pedir o rótulo mais barato da lista, muitos consumidores, evitando demonstrar falta de afinidade com o tema, acabam optando pelo segundo vinho da lista, que nem sempre entrega mais qualidade, mas obviamente será mais caro.
2. Nas lojas. Prefira as casas especializadas ou importadoras. As chances de o vinho ser melhor tratado ali é maior – eles vivem disso. Os catálogos das importadoras são uma ótima fonte de pesquisa sobre a origem e as características do produto. Alguns são tão bons e completos que valem como leitura. Claro que no texto todos os vinhos são excepcionais; alivie os elogios exagerados e fique na essência da informação Esteja aberto a sugestões dos vendedores das lojas, e crie uma relação de confiança com estes profissionais que entendem do riscado e podem ajudar muito na escolha. No geral eles preferem conquistar um consumidor com sugestões viáveis ao bolso do que empurrar um tinto ou branco encalhado no fundo da loja e perder a confiança de um potencial cliente.
3. Na internet. O comércio eletrônico já é realidade. Faz tempo. Transforme a tecnologia em uma aliada. Toda loja importante tem sua divisão de e-commerce. Praticamente todo rótulo tem uma resenha escrita na web. É uma espécie de catálogo digital, onde se pode pesquisar pelo produto, região, uva, safra e até pontuação da crítica, para quem acha isso um fator importante na hora da compra. Nem sempre é. A relação pontuação/preço daquele senhor com sobrenome de caneta (Robert Parker) em geral favorece mais o preço do que o consumidor. Mas não deixa de ser outro fator de decisão. Há ainda muitas opções de ferramentas para acessar pelo celular. Falta de informação, portanto, hoje em dia não é desculpa. É preguiça.
4. Ajuda dos amigos. A propaganda boca a boca é uma forma desinteressada de trocar experiências. Os amigos podem dar boas dicas, seja na mesa do restaurante, no escritório e principalmente nas redes sociais – para onde a conversa fiada foi transferida. A discussão rola solta nos fóruns, twitters e facebooks da vida. Curtiu um vinho? Fotografe o maldito rótulo – se não você vai esquecer – arquive a imagem e compartilhe com os colegas. Fica mais fácil repetir um pedido, provar uma recomendação, além de ser divertido.
5. Aposte na certeza. Se você está no começo desta jornada, não se arrisque: na dúvida, escolha um vinho pelas uvas mais conhecidas de cada país ou região. Malbec na Argentina, cabernet sauvignon no Chile, sangiovese na Itália, um corte bordalês (cabernet franc, cabernet sauvignon e merlot) na França, tempranillo na Espanha, touriga nacional em Portugal, riesling na Alemanha, sauvigon blanc na Nova Zelândia e espumantes no Brasil (se quiser um tinto, arrisque um merlot). Com tempo você deve se aventurar, apostar na variedade e mudar seu padrão de escolha, arriscando um torrontés argentino, um shiraz chileno, um pinot noir francês, um antão vaz lusitano, um mencia espanhol, um nebiolo italiano, os vinhos de corte (mistura de várias uvas) e por aí vai. As escolhas são infinitas (Clique aqui e conheça as uvas tintas e brancas).
5 cuidados na hora da compra
Alguns cuidados evitam levar gato por lebre. Xixi de gato, afinal, só é do jogo no aroma de algum sauvignon blanc mais bacana da França (alguém aí torceu o nariz? Saiba mais sobre os aromas do vinho clicando aqui). Siga então estas regras para se dar bem:
1. Observe se a garrafa está bem cheia. Um espaço livre muito grande entre a rolha e o líquido é sinal de vazamento.
2. Se puder, escolha as garrafas que estejam deitadas, nelas o líquido está em contato com a rolha.
3. Verifique o estado de conservação da cápsula e da rolha. A cortiça não pode estar saltada.
4. Cheque a cor do vinho, principalmente os brancos – uma cor amarelo-escura pode indicar oxidação; se estiver na cor âmbar, evite. Um tinto de safra recente de cor alaranjada – uma característica dos tintos mais evoluídos – também é sinal de problema.
5. Fique atento às safras. Tintos mais básicos, assim como os rosés e grande parte dos brancos devem ser servidos jovens, em no máximo três a quatro anos.
Gosto de vinhos suave, mas ultimamente tenho quebrado a cara com umas marcas .
Não da nem pra tomar a garrafa de tão ruim
Bem vindo de volta aos vinhos
Parabéns e boa volta
Pessoal, nem todo vinho bom é caro, assim como nem todo vinho ruim é barato. Existem preferencias de todos os tipos entretanto da pra se sair bem sem gastar muito e apreciar um bom vinho. Para quem gosta de de tintos minha dica é o cabernet sauvignon reserva da MIOLO, bom para massas e carnes vermelhas. Quando for comprar minha dica de preço é ir ao Pão de acúcar e procurar por uma marca chamada club de someliers. Rótulo branco, onde esta escrito na traseira da garrafa “produzido e engarafado por vinicola MIOLO ltda” é o mesmo reserva da MIOLO so que 50% do preço. Tem outros vinhos chilenos, argentinos tambem carbenet salvignon pela club de someliers que valem a pena até para comparação de sabores.
Dos de marca prefiro Benjamin Nieto, PKT, Sunrise (concha y toro), casileiro del diablo (concha y toro).
Para quem gosta de misturar o sabor das castas das uvas existe o Trivento, uma mistura de cabernet, shiraz e merot.
Para os vinhos classificação “reserva” é bom servi-lo sempre bem gelado de preferencia em um decanter ou em uma taça bem larga para aerá-lo antes de apreciá-lo. Estes vinhos mais encorpados precisam de um tempo para soltar o aroma e o sabor. Servindo bem gelado e pegando um pouco de ar da pra sentir o cheiro do aroma no ambiente.
Bom degusti
Cordialmente,
Jonas
Olá Gerosa,
bom ‘vê-lo’ novamente mas em nova casa.
Parabéns e sucesso!
Oi Silvia, parabéns também pelo blog vinho verde-amarelo http://vinhoverdeamarelo.blogspot.com, uma fonte de informação da transformação que passam os rótulos nacionais.
E vocês acreditam que há uvas suficientes para produzir tanto vinho assim? – Maioria deles é química. 50% de suco de uva, 50% de água, enilina, açucar, álcool etílico e outras porcarias. Resultado: boca seca, dor de cabeça na certa.
Sou mesmo parceiro da louríssima bem gelada, que tomada com critério não faz mal a ninguém e dá um prazer enorme.
Nossa, que bobagem esse Costa falou! Eu também tomo cerveja, além do vinho, mas se fosse pelo raciocínio dele, não haveria cevada suficiente para fazer cerveja, que deveria ser também “química”. Tomam-se 47 milhões de litros de vinho, já de cerveja são 10 BILHÕES de litros ao ano (dados de 2007).
beto, entrei no seu blog e gostei parabens sou da terra mas nao posso pagar muito por um bom vinho de marca, mas vinho é gosto e tenho encontrado marcas mais em conta e tenho apreciado,como moro em sao paulo quando posso vou e recomendo o super kanguru pois tem otimos preços de vinho assim como o spani super. adoro o da minha regiao pois bebo uma garrafa na refeicao e nao me fas mal é excelente os verdes. abraços e parabens pela coluna
Meus parabéns pelos post. Minha namoradae e eu somos iniciados nesta arte -que é degustar vinhos. Estamos na segunda garrafa, temos um loja proxima de nossa casa, aqui em Rio Claro, onde há diversos rótulos. Compramos a primeira garrafa com a ajuda do proprietário da loja, a segunda garrafa compramos numa grande rede de supermercado, também chileno. Ficamos sabendo que vinho cuju o enunciado, RESERVA, esteja estampado no rótulo é melhor, em geral, do que os demais. Isso é verdade?
uauuu… dicasss especiais.. esta tive de tomar nota