A partir de 1º de outubro o governo vai subir em cerca de 30% as alíquotas do Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) para a maior parte das bebidas alcoólicas destiladas e fermentadas. Ou seja, vem aumento aí na sua garrafa de vinho. Estava tudo muito bom. O setor nadava de braçada com a cotação favorável do dólar e o aumento do consumo de vinho. Mas aí começaram a surgir várias rolhas no meio da caminho. No começo do ano foi instituído o regime de substituição tributária em São Paulo, que exige o recolhimento antecipado do ICMS — aquela lei que ninguém entendeu direito mas que já inflou os preços de algumas importadoras, lojas e restaurantes; em seguida, a promulgação da chamada lei seca (ainda vou falar sobre o tema) atingiu em cheio o consumo em restaurantes e bares (a importadora Aurora, por exemplo, acusou uma queda entre 20 a 25% nos restaurantes, segundo informa seu presidente Alberto Jacobsberg). A mais recente novidade, que deve repercutir no seu bolso – impostos são sempre repassados –, é esta nova alíquota do IPI, que, segundo o consultor de mercado de vinhos Adão Morellato deve acarretar um acréscimo de no mínimo 5% no preço final das garrafas, principalmente naquelas que custam até 70 reais.
O valor da mordida
As alíquotas são classificadas por procedência ou
mesmo tipo de vinho. Veja os exemplos:
TIPO DE PARA
Letra J – mercosul R$ 0,56 R$ 0,73 = 30%
Letra K – Chile R$ 0,66 R$ 0,88 = 33%
Letra L – outros países R$ 0,83 R$ 1,08 = 30%
Letra S – espumantes R$ 3,38 R$ 4,34 = 28%
(Fonte: decreto 6.501)
Não sei qual a razão mas não ficou registrado na minha máquina o e mail que lhe mandei. Assim não tenho como completar eis que não tenho cópia.
Contudo, do que me recordo, disse-lhe que os primeiros contatos com o vinho foi na juventude com os de garrafão, nacionais, principalmente nas proximidades do Natal.
Depois, em razão de convivência com amigos iniciados, passei a curtir vinhos de qualidade, fixando-me principalmente nos italianos das regiões do Piemonte e da Toscana, onde estive recentemente com a finalidade de conhecer as víniculas, etc. etc.
Disse-lhe também que tenho uma adega com aproximadamente 300 garrafas, talvez um pouco mais, onde não coleciono vinhos caros e isso porque lendo uma reportagem na Veja com alguns proprietários de grandes adegas particulares do Brasil, um deles disse que o bom conhecedor de vinhos é aquele que consegue beber bons com até 50 dólares, então na cotação de 1×1; hoje em torno de 80 reais.
E tenho conseguido com algum sucesso, principalmente com ótimos alentejamos, que passei a gostar, sem desprezar os italianos das regiões citadas. Também, mais recentemente, alguns chilenos e poucos argentinos.
Acima desse tenho degustados alguns Brunelos, Amarones, Barolos, dentre os italianos. Os alentejanos Corte de Cima, Chaminé, Cartucha, ficam próximos ou abaixo daquela cotação com o dolar como anda.
É isso aí. Finalizei a mensagem dizendo-lhe que tenho 65 anos de idade e mais ou menos 15/20 de vinho.
Abraços.
Paulo Ferreira Rodrigues
É! Tá ficando difícil ser feliz! Ao menos no que diz respeito à bebidas…. Acho que o governo está querendo transformar o Brasil num país abstêmio… Nem isso podemos escolher por conta própria!!! Hoje, para se viver aqui, vc tem que escolher: quer beber, tem que ser rico. Pois com tantas taxas e impostos….. Quer beber e não tem dinheiro, vai ter que ter dor de cabeça no dia seguinte e voltar para casa a pé ou de ônibus, pq o táxi sai mais caro! Eu curto beber socialmente, me dá prazer, relaxa. Não bebo até passar dos limites ou até cair. Estou sempre consciente, senão perde a graça. Mas quero ter liberdade para fazer isso! Já pago tantas taxas e impostos…. Ainda tenho que pagar mais caro por um prazer que está cada vez mais difícil de se ter!