Para os interessados em tirar melhor proveito do casamento entre refeição e bebida, reproduzo um trecho do livro Comida e Vinho, de José Ivan Santos e José Maria Santana. Trata-se de uma regra de ouro simples e direta de harmonização, resumida no título acima. Há muito mais dicas nos outros capítulos:
Uma regrinha de ouro diz que a força de um prato não deve sobrepujar a do vinho e vice-versa. Alimentos e vinhos têm peso, e ele deve ser levado em conta na harmonização. Um vinho potente vai atropelar uma comida leve e o contrário também é verdadeiro. As proporções de um e outro devem ser parecidas. Sabores delicados pedem vinhos delicados. A gente sabe quase naturalmente o que é uma comida leve ou pesada. Peixe grelhado ou um espaguete fininho com molho de manteiga de sálvia são pratos sutis, um convite para um branco leve.
Uma refeição à base de pão e queijos de massa mole está mais para peso médio, acolhendo bem um branco de corpo médio, como um chardonnay sem muita madeira ou tinto jovem, um pinot noir ou malbec. Cordeiro, caça, carnes e massas com molhos copiosos e com queijos de pasta dura são comidas de sabor forte. De maior peso, que pedem um vinho à altura, com um musculoso cabernet sauvignon, um barolo, um tannat ou um shiraz australiano potente.
Além de prático, bem escrito. Aos talheres e taças, então.
O blog esta ótimo, estou começando a entender melhor essa arte (degustando agora um Casillero Del Diablo)