O mundo do vinho é cheio de regras, etiquetas e conceitos preestabelecidos. Cometer alguns pecados de Baco faz parte do aprendizado e da vida. Quer ver? Atire a primeira rolha quem nunca…
…comprou vinho básico do dia-a-dia, bem meia-boca, em oferta no supermercado?
…tomou tinto com peixe?
…saiu dirigindo após virar duas (ou mais) taças de vinho, mesmo depois de decretada a lei seca?
…bebeu além da conta?
…foi influenciado pela fama do rótulo na avaliação de um vinho?
…errou completamente o tipo de uva de um vinho num palpite às cegas?
…tentou abrir uma garrafa de screw cap (tampa de rosca) com um saca-rolha sem perceber que bastava girar a tampinha?
…foi influenciado pela pontuação da crítica na hora da compra de um vinho?
– Esse chileno recebeu 97 pontos da Wine Spectator!
– Mesmo? Vou levar para experimentar…
…foi influenciado pela descrição de um aroma pelo colega ao lado?
– Tá sentindo este limão siciliano no finzinho do nariz?
– Humm… incrível, né?
…tomou o vinho branco alemão da garrafa azul e achava ótimo (válido para maiores de 40 anos)?
…manchou a roupa, a sua e a dos outros, com gotas de tinto ao girar a taça freneticamente?
…tomou tinto gelado demais ou branco meio quente?
…quis beber um vinho de 100 pontos do Robert Parker, mesmo sendo contra o Parker?
…estourou garrafa de espumante ou champanhe lançando a rolha ao espaço e derrubando a bebida pela chão (lembrando que a maneira correta de abrir o espumante é segurando a rolha, para não deixar escapar muito gás carbônico)?
…tomou um vinho bouchounné e não notou até ser alertado por um(a) amigo(a)?
– Este vinho já era, está oxidado…
– Totalmente! Dá para perceber no nariz (isso depois de ter bebido a primeiro taça sem perceber nada)
…deu uma esnobada numa roda de amigos mostrando conhecer mais sobre aquele vinho que todos à sua volta?
– Não, querida, prosecco não é uma região da Itália… é uma uva com a qual este espumante é feito.
…usou nome falso em comentários de blogs, ou para falar bem dos amigos ou espinafrar os desafetos?
– Adorei este Blog do Vinho, os textos são descontraídos, o autor é claro e suas informações sempre úteis. Visitarei todos os dias. Abraços, Palmirinha (apelido da minha mãe…)
(E você? Tem algum pecado de Baco para acrescentar ou relatar?Atire a primeira rolha quem nunca…)
Pior que “saber demais sobre vinho”, ser jovem e ter dinheiro para comprar , é ser brasileiro imigrante e ja pensar como estrangeiro idiota
Eu pequei… cometi quase todas estas gafes e não me arrependo, o que vale é a taça de vinho, a reunião com os amigos (ou com o amor) e a conversa…. mesmo assim, valeu pelas dicas. Obrigada.
Que texto besta…
Paulo, tenho que concordar com você, eu não conheço gente mais chata e pedante que “apreciadores” de vinho, poxa e daí se você erra com que vinho combina com o que… que vale nesta vida é o prazer…
Bebo vinho desde criança. Atualmente ele é endeusado de forma exagerada e às vezes até de forma ridícula.Na minha opinião o vinho tendo um nível aceitável pode oferecer o máximo se a pessoa está de bem com a vida e principalmente em boa companhia …o resto minha gente é pura frescura.
…nunca foi comprar vinho na adega e disse ao vendedor que “hoje só vim buscar vinho para o dia-a-dia”, para justificar comprar os bem baratinhos?
Devido a correção vou postar uma gafe… 🙂 Na verdade não foi gafe e sim falta de repertório. No começo, bebia alguns rótulos de produtores brasileiros e achava muito bom, além de sofisticado. Ou de produtores chilenos e argentinos (vinhos de entrada) e realmente gostava e defendia. Até que alguns anos depois, ou seja, depois de pelo menos umas 200 rolhas, mal consigo cheirar aqueles vinhos… acredito que as até as gafes fazem parte do desenvolvimento de um repertório gustativo, olfativo, visual, tátil, comportamental… E o principal, humildade e bom humor. Se levarmos o aprendizado muito a sério perdemos muito da poesia que o vinho nos concede! Salut!
texto bobinho, hein?
Que mal há em se comprar um vinho meia-boca em oferta de supermercado, se o preço está bom e se o mesmo irá ser bebido em uma roda de amigos em uma ocasião meia-boca e acompanhando um prato meia-boca, feito apenas para aliviar o estômago???Que mal há em se comprar um vinho que esteja com bom custo benefício, apenas porque está bem avaliado pelo Parker? Para mim, quem assim o faz, está bem orientado, pelo menos não está seguindo as frescuras do Renato Machado…Quem mal há em se tomar vinho tinto com peixe, e se este for um bacalhau???Que mal há em se beber além da conta, pois pode-se beber em casa ou estar com amigos que irão dirigir???Para mim são simples fatos da vida, apenas vividos por quem adquire, experimenta e gosta de vinhos, independentemente de rótulos e preconceitos bobos!!!
eu mesmo bebo demais e adoro tomar uma, duas e até 3 garrafas sem nenhuma razão específica (carne vermelha, massa, peixe ou algo assim) gosto e entendo de um bom vinho mais também adoro cerveja e até cachaça, não tomo vinho sozinho em uma roda de amigos onde todos pedem cerveja, isso eu acho importante, a interação social que a bebida proporciona, independente de ocasiões.