Bueno Paralelo 31 é o vinho do Galvão, o locutor mais assistido e comentado da TV brasileira e agora do twitter. Ok, isso não é notícia. Este Blog mesmo relatou o lançamento da vinícola na Expovinis em nota de 29 de abril deste ano. A novidade é que as garrafas já estão à venda no site da Miolo, parceira de Galvão, e disponíveis em restaurantes e lojas de vinho. Ou seja, agora os apreciadores podem discutir o vinho, e não o personagem. São 14.000 garrafas comercializadas nesta temporada.
A Bueno Bellavista Estate (bacana, hein?) ainda é um projeto. O terreno, localizado na Campanha Gaúcha, vizinha das parreiras de outro projeto da família Miolo, a Seival Estate (opa!), ainda está em sua primeira infância. As parreiras têm seu tempo de maturação. Demoram cerca de cinco anos para começar a dar frutos em condições de fermentar e virar vinho. Mas Galvão Bueno é acelerado. E os primeiros vinhos da sua empreitada são dos terrenos vizinhos do Seival, no caso do tinto, e do Vale dos Vinhedos, na Serra Gaúcha, para o espumante Bueno Cuvée Prestige. Nestas primeiras safras a assinatura no rótulo é do Galvão, mas as uvas ainda são de terceiros.
#enche a taça Galvão
Galvão Bueno não se incomoda com o sucesso. Se alimenta dele e é feliz com isso, o que é raro em um país em que o sucesso é motivo de desgosto em público e júbilo no particular. Discorre sobre seu vinho com paixão. Não comemora como um gol, mas narra como uma boa partida, e deixa claro que entrou com o coração. Os enólogos (Adriano Miolo e Michel Rolland) com a técnica e o conhecimento. Ergue a taça, fala de um produto com alma e lança o conceito do paralelo 31 do vinho nacional – aquela mesma faixa do globo em que brilham algumas regiões vitivinícolas da Austrália, da Nova Zelândia, da África do Sul, da Argentina e do Chile. Uma estratégia mirando o mercado exterior. Galvão vive parte de seu tempo em Mônaco, e pretende levar seus rótulos embaixo do braço para mostrar para seus amigos em restaurantes estrelados que frequenta na Europa.
E, para aqueles que julgam o vinho baseado em opiniões preconcebidas, este blog pode decepcionar. Degustado agora com mais vagar, em um restaurante, sem a pressa das feiras e alguns meses a mais na garrafa, o Paralelo 31 surpreendeu mais do que da primeira vez. O padrão da dupla Adriano/Rolland se confirma (ver nota anterior), e a escolha por um assemblage não muito habitual por aqui – mistura das uvas cabernet sauvignon (60%), merlot (30%) e petit verdot (30%) – mostrou seu valor na taça.
Classudo como um bom assemblage tem de ser, com um tostado bacana, frutas maduras e macio na boca, é um bom representante da região. Não sobrou na taça, critério número um de aceitação. Confesso que os tintos da Miolo da região do Seival são os que mais me atraem, em especial o rótulo Castas Portuguesas. O espumante é correto, passa 18 meses em contato com as leveduras, conferindo mais consistência de boca e alguma elegância, mas não se distingue – é muito parecido com outra linha da Miolo. Na mesma faixa de preço, atende uma visão mercadológica da Bueno Estate, o tal mercado externo.
Um sauvignon blanc no ano que vem
Galvão enche a taça, todos à sua volta fazem o mesmo, e já anuncia que no próximo ano o sonho é produzir um sauvignon blanc com a mesma qualidade dos países do paralelo 31, mirando em especial os rótulos dos brancos da Nova Zelândia e da África do Sul. Sugere o uso da barrica. Faz uma consulta aos jornalistas e críticos à sua volta. Todos votam em um branco sem uso da madeira (incluindo o enólogo e sócio Adriano Miolo). Adriano adianta que a safra do ano que vem do Paralelo tinto terá maior participação da petit verdot, que mostrou qualidade excepcional. Galvão concorda e sugere diminuir um pouco mais o cabernet para aumentar a proporção da petit verdot. O negócio do vinho entrou de vez na vida do locutor.
Celebridades não são novidade no mundo do vinho, os exemplos são muitos ao redor do planeta dos ricos e famosos. Alguns realizam um sonho, caso do Galvão – que confessou que não tinha muita intimidade com os caldos nacionais, mas agora defende até a questão dos tributos protecionistas -, do cineasta Francis Ford Coppola e do ator Gérard Depardieu -, outros emprestam o nome como mais uma oportunidade de ganhar dinheiro. Para o negócio do vinho, é mídia espontânea – olha eu aqui falando do Bueno Estate – e expansão de marca e de mercado. Para o consumidor, uma isca para se aproximar dos tintos e brancos. Aos conhecedores e bebedores com maior litragem, a oportunidade de enfim fazer a prova da taça. E aí sim, julgar o vinho pela degustação, pelo gosto.
Depois de fazer furor no twitter, Galvão corre o risco de frequentar a rede social mais ligada ao vinho com novas rashtags: #enche a taça a galvao para aqueles que gostaram do vinho ou manter o #cala a boca galvao no topo se o julgamento continuar negativo. O veredito, como sempre, é do cliente.
# baixa o preço Galvão
Bom, mas aí chega a hora de pagar a conta. O Parelelo 31 deve chegar entre 80 a 100 reais para o consumidor final nas lojas e um pouco mais barato se encomendado direto na vinícola em caixas de seis garrafas. É aí que começam as comparacões por similares importados do mesmo preço. Talvez seja o caso de criar uma terceira rashtag no twitter: # baixa o preço Galvao
Bueno Paralelo 31 Safra, 2008, Campanha, Rio Grande do Sul
60% cabernet sauvignon, 30% merlot, 10% petit verdot
1 ano de barril de carvalho
R$ 75,00 no site da miolo (seis garrafas)
Bueno Cuvée Prestige, Vale dos Vinhedos Rio Grande do Sul
50% chardonnay, 50% pinot noir
18 meses sobre ação leveduras
R$ 59,00 no site da miolo (seis garrafas)
suportar atualmente as narrações cheias de gafes e o vinho bueno è dose dupla.
Paulo, deixa de ser invejoso! Tá faltando um jantar romântico, com um bom vinho em sua vida. Deixe de beber vinagre!!!!
É isso aí galvão, vinho bom faz bem para garganta!! trata bem dela por que precisamos desta voz em 2014 e se a nossa querida seleção for campeã a risada será por minha conta.
Parabens pelo sucesso.
INFELIZMENTE O NOSSO VINHO NACIONAL ESTA EM DECADÊNCIA…DEPOIS DESSA É PARAR DE BEBER VINHO.
muito bem galvão .seja que nei o internacional ,seja campeão da america e do brasil.com seu vinho. SER QUIZER MANDAR UMA GARRAFA PRA MIM DE PRESENTE EU ACEITO.RUA 13 DE MAIO 1691 CEP978000000 SAO LUIZ GONZAGA R S .PARABENS GALVÃO
Galvão Bueno,só ele quer ter razão,só ele quer falar, da para perceber claramente em uma partida de futebol ou em uma corrida de formula 1 chega dar pena dos comentaristas ou concordo com ele ou ele estupidamente os interrompem,em uma partida de futebol ele mete o pau no centroavante,então se o mesmo marca o gol ele falsamente diz para não ficar mal (“esta é a diferença do craque “)
Do meu ponto de vista, jamais vou v^-lo como um narrador bom, e sim como uma pessoa irritante, bajuladora…
As uvas devem estar com uma uma revolta só…é dose pra mamute!!!! chega de babação…cala boca Galvão!!!!!!
Quem disse que Galvão Bueno é sucesso? Isso é forçar a barra. Sujeito rejeitado em 99% entre 100% de ouvintes de suas transmissões, que ou colocam a televisão em mute ou mudam de canal. De repente toda a imprensa, Veja, sites da internet, etc resolveram levantar a bola do Galvão. Será que nos acham um bando de trouxas?
O Galvão é megalomano mesmo, até o “assemblage não muito habitual por aqui – mistura das uvas cabernet sauvignon (60%), merlot (30%) e petit verdot (30%)”conseguiu dar 120%.Alem do que acho melhor ele levar uma(ou mais) garrafa(s) para dar de presente para seus entrevistados, para compensar a chateação.Baixa o preço, Galvão.
Cala a boca é pouco para o Galvão!!! Somente é globo que não ver isto e viva Cleber Marcado e Luciano do Vale para salva uma narração de futebol e de corrida.